Aquisições que movimentaram o mercado

Privalia e Cavalli são vendidas a grupos de moda e a Alpargatas vendeu as plantas industriais que tinha na Argentina.

Nesta semana, o mercado de moda internacional foi agitado com uma série de anúncios de troca de controle acionário. Na quinta-feira, 17, a Alpargatas emitiu comunicado em que dá por concluído o processo de reestruturação na Argentina. Hoje pertencente ao grupo Itausa, a empresa vendeu quatro fábricas e saiu do mercado têxtil no país vizinho. Ao todo, levantou US$ 14,4 milhões, informa o comunicado aos acionistas

O dinheiro será pago a prazo pelos compradores. As plantas de Corrientes e Chaco foram adquiridas pela Marfra S.A.. A unidade de Florência Varela foi absorvida pela Cladd Indústria Têxtil Argentina. A filial de Catamarca foi vendida para a Fibran Sur S.A., que produz panos para limpeza. A transferência dos ativos para os novos donos deverá estar concluída até 1º de outubro, afirma comunicado da Alpargatas.

EMPRESASA ESTRANGEIRAS

No mesmo dia, a companhia mexicana Axo Grupo informou ao mercado que celebrou acordo para adquirir integralmente as ações e operações da Privalia Mexico. O site de ecommerce pertence à holding francesa Vinte Privée desde 2016, que também tem a operação brasileira na América Latina, além de Espanha e Itália. A transação que depende, ainda, de aprovação por parte da agência reguladora do mercado mexicano não teve o valor revelado.

O Axo Grupo é um grande operador de moda, com atuação no México e no Chile. Tem licença de comercialização para a região de 22 marcas, como Abercrombie & Fitch, Arrow, Brunello Cucinelli, Calvin Klein, Guess, Hollister, Kate Spade, Nike, Tommy Hilfiger, Van Heusen, Victoria’s Secret,entre outras. Em março, o grupo mantinha 4.836 pontos de venda das diferentes marcas localizados dentro de lojas de departamento e 741 unidades, entre México e Chile.

Em meio a problemas financeiros e sem diretor criativo, a italiana Roberto Cavalli foi comprada pelo fundo de investimentos de Dubai, Vision Investments Co., controlado pelo bilionário Hussain Sajwani. Mas, o plano de aquisição depende de aprovação em função do tamanho da dívida da empresa italiana.