Pioneiro no lançamento de laser para marcação do jeans, fabricante espanhol pretende ampliar venda de geradores de ozônio dentro da própria base instalada no segundo semestre
De janeiro a junho, a Jeanologia vendeu 17 equipamentos para lavanderias brasileiras. É o mesmo que comercializou em 2017 inteiro, revela Fábio Canelada, diretor comercial da subsidiária local do fabricante espanhol, pioneiro na aplicação do laser para marcação de efeitos no jeans. A maior parte do volume comercializado no país são de máquinas de laser, complementado pela venda de geradores de ozônio, produto cuja base instalada a empresa pretende expandir no Brasil a partir deste segundo semestre, conta o executivo.
Dona do maior parque de laser instalado no Brasil, a Jeanologia contabiliza cem clientes, que compraram em torno de 250 máquinas ao longo dos 20 anos que a empresa atua no país e representaria 70% do mercado local, de acordo com o fabricante. Só no primeiro semestre foram vendidas 14 máquinas de laser. É a partir dessa base instalada que o fabricante planeja ampliar o mix de produtos comercializados, começando por sua linha de geradores de ozônio G2, mesmo reconhecendo que as lavanderias reduziram o ritmo dos investimentos em junho.
“Não são máquinas simples de geração de ozônio. É um conjunto completo, com sistema de trava de segurança que não deixa a máquina ser aberta enquanto houver concentração de ozônio; e com cesto independente”, ressalta Canelada. O equipamento pode operar tanto com roupas secas, para limpeza das sobras de índigo sobre as marcações, ou com peças úmidas para desbote no lugar de cloro, processo que serve tanto para o denim quanto para malha. Também é possível executar uma operação curta de pré-ozônio antes de a peça ir para o laser. “Assim se consegue mais velocidade na marcação”, aponta o diretor.
Em 2019, ele diz, o foco do trabalho comercial será a venda da máquina E-Flow, com processo que usa nanobolhas para transferir os produtos químicos pela superfície das peças de maneira homogênea, usando menos água, menos químicos e sem resíduo, assegura a empresa. A integração do laser, do ozônio e das nanobolhas no mesmo ambiente traz ganhos operacionais, argumenta Canelada. “É possível transformar totalmente a produção brasileira e convertê-la em uma indústria eficiente, sustentável e automatizada, a fim de cumprir nosso objetivo de desintoxicação e desidratação de toda a produção mundial, graças à combinação de nossas tecnologias “, defende o diretor.
A sede brasileira da Jeanologia fica em Valinhos, no interior de São Paulo. A empresa opera diretamente no país há três anos, quando assumiu totalmente os negócios e as instalações do representante local, que continua a ser um parceiro comercial. Com isso, o suporte técnico está a cargo da própria Jeanologia, assim como o estoque local de máquinas e de peças de reposição mais básicas. Ao todo, conta com uma equipe de 15 pessoas, incluindo um brain box, profissional responsável pelo treinamento de clientes, criação de máscaras para o laser e desenvolvimento de peças. Opera ainda um Centro Demo, a exemplo de outros países nos quais a empresa espanhola atua.
Entre os principais clientes diretos no Brasil estão Guararapes, a confecção com lavanderia própria do grupo que controla a rede de lojas Riachuelo; a Damyller, marca catarinense que tem lavanderia própria; além de processadoras que prestam serviços para terceiros como Degradê, Pluma e GB Customização.