Lectra negocia a compra da Gerber

Lectra negocia a compra da Gerber

Memorando de entendimento para assumir o controle da rival americana estima a transação em €300 milhões, algo como US$364 milhões.

Lectra negocia a compra da Gerber

O novo sistema de corte digital Atria, da Gerber

O caminho para a indústria 4.0 passa por movimento de consolidação no mercado de soluções de CAD/CAM para o setor da moda. Nesta semana, veio o anúncio de que a francesa Lectra negocia a compra da rival americana Gerber Technology. Pelo memorando de entendimento divulgado, a transação envolveria €300 milhões convertidos com base no preço de fechamento das ações da Lectra em 5 de fevereiro de 2021 (algo como US$364 milhões).

O faturamento da Gerber foi de €165 milhões em 2020. Nos primeiros nove meses de 2020, a Lectra anotou receita líquida de €170,6 milhões, segundo o balanço financeiro da companhia.

Efetivada a compra, a Lectra espera complementar seu portfólio com as soluções, de software e equipamentos, da Gerber. “A combinação ocorreria em um momento oportuno para ambas as empresas e seus clientes. O atual clima econômico incerto e os desafios sem precedentes que as empresas dos setores de moda, automotivo e de móveis estão enfrentando devido à pandemia de covid-19 tornam mais importante do que nunca transformar, digitalizar e otimizar as operações”, afirma comunicado da Lectra ao mercado.

DECISÃO ATÉ MAIO

A Lectra negocia que o acordo esteja concluído em maio. A companhia também espera que a combinação de forças permita levar inovações mais rapidamente ao mercado. Da mesma forma, considera que haverá reforço substancial de cobertura por meio da união das equipes de vendas e suporte das empresas no mundo.

A Lectra existe desde 1973, operando com 34 filiais, incluindo o Brasil. A Gerber fornece soluções (software, equipamentos e serviços) para empresas dos setores aeroespacial, de construção, móveis, moda e vestuário, transporte, têxteis técnicos, embalagens, energia eólica, sinalização e gráficos. Foi fundada em 1968 e também tem operação no Brasil.

Atualmente pertence à American Industrial Partners, uma empresa global de private equity sediada em Nova York.