Junto com isso, a marca carioca pretende abrir o Centro de Tecnologia em Jeans, reunindo informações, cursos e treinamentos referentes ao denim em um só lugar
A Confecções Tristar tem planos para aumentar o volume de produção em 50% até o fim de 2010, com previsão de desembolsar até R$ 500 mil na compra de novos modelos de máquinas de costura e para adaptar o espaço físico da área de confecção. Em paralelo, a empresa está à frente do projeto para criação do Centro de Tecnologia em Jeans, na cidade do Rio de Janeiro, e para o qual procura um local de funcionamento que deverá ser inaugurado até o fim do ano, oferecendo diferentes atividades, como cursos, treinamentos específicos voltados para o mundo do denim.
“Queremos atingir 23 mil peças mensais com a aquisição dos novos equipamentos, para que possamos aumentar o volume dos trabalhos de private label (PL) e da marca própria Tristar, lançada no ano passado”, conta Jandira Barone, proprietária da empresa, acrescentando que o foco principal da empresa carioca em 2010 está na inauguração do Centro de Tecnologia, que conta com recursos do Faperj (Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro). A preferência é abrir o centro no bairro de São Cristóvão, que reúne uma série de empresas de confecção.
Jandira explica que a iniciativa de abrir um centro tecnológico visa o desenvolvimento no país de inovações no denim. Ela cita a própria marca como exemplo: “Sempre procuramos confeccionar peças de modo ecologicamente correto, como as calças lançadas na estreia de nossa marca própria, feitas com algodão orgânico e que não precisam de lavagem após o uso. Ao invés disso, as peças podem ser congeladas para eliminar as bactérias e usadas de novo em seguida”, garante a empresária.
Para garantir ao consumidor que a técnica é eficiente na higienização das peças, a Tristar encomendou testes para técnicos da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Foram enviadas amostras da calça, sendo uma delas lavada de maneira comum e a outra congelada. “A peça limpa no congelador foi usada por oito meses e apresentou menos bactérias que a outra calça, que havia sido lavada com água e sabão. Já sabemos que baixas temperaturas inibem o crescimento das bactérias, e esses primeiros resultados já nos deixaram satisfeitos. Entretanto, ainda faremos outros testes para descobrir como aperfeiçoar a técnica e dispensar as lavagens do jeans, economizando água”, explica a proprietária.
Há cerca de 20 anos no mercado, a Confecções Tristar tem 80% de sua produção voltada para o denim, sendo o restante representado pela sarja. Do volume total, cerca de 90% é referente a trabalhos de PL, sendo os outros 10% direcionados à marca própria. Atualmente, a marca da empresa é comercializada por meio de até 30 lojas multimarcas no país.
fotos: divulgação