Em nove meses, a perda aprofunda para cerca de R$35 milhões, 75% maior que em 2022.
Em demonstração financeira publicada sem comentário da administração, a holding Inbrands, dona da Ellus e de outras marcas, informa que aumenta o prejuízo líquido no terceiro trimestre. De julho a setembro, contabiliza perda de R$13,3 milhões. Considerando nove meses, o prejuízo líquido da Inbrands aumenta para R$34,9 milhões, 75% acima da perda acumulada em igual período de 2022.
Como para outros varejistas de moda, o terceiro trimestre de 2023 foi difícil para as vendas. A receita líquida cai 9,6%, na comparação com 2022, recuando para R$127,1 milhões.
Em nove meses, a companhia apura receita líquida de R$380,8 milhões, que corresponde a aumento de 4% sobre igual período de 2022.
Na mesma comparação, a dívida líquida recua 7,4% para R$1,1 bilhão.
Embora a companhia não informe valor de investimento ou número de lojas em operação, o noticiário de moda indica que a Inbrands investiu em novo modelo arquitetônico para a flagship da Salinas, no Shopping Leblon, no Rio de Janeiro. A Salinas é uma marca de beachwear de origem carioca, incorporada ao grupo em 2011. O estilo da marca continuou nas mãos da fundadora Jacqueline di Biase, que deixou a companhia em 2019. Desde então, a direção criativa está sob o controle de Adriana Bozon.
A Inbrands opera atualmente as marcas Ellus, Ellus Second Floor, Bobstore, VR Collezioni, Salinas e Richards. No final do ano passado, Alexandre Herchcovitch retomou a própria marca.
SAÍDA DA TOMMY BRASIL
Também tem participação na joint venture Tommy Hilfiger Brasil, em joint venture com a PVH Corporation e a American Sportswear. No início de agosto, a Inbrands notificou os sócios sobre sua intenção de exercer a opção de venda de participação. As negociações continuam em andamento, afirma o relatório de apresentação do resultado financeiro do terceiro trimestre.
No informe, a empresa comenta que contratou assessoria financeira externa para definir o ”preço de venda de sua participação”.
