Marcas financiadas pelo Vai Tec

Marcas financiadas pelo programa Vai Tec de São Paulo

Programa da prefeitura de São Paulo selecionou seis negócios de moda da periferia.

Para a 6ª edição do programa Vai Tec, a prefeitura de São Paulo divulgou os 24 projetos selecionados para participar das iniciativas de aceleração. São pequenos negócios instalados na periferia da cidade de São Paulo. Terá entre eles seis marcas financiadas pelo Vai Tec da área de moda.

Cada projeto poderá receber até R$35,7 mil incentivando o uso de tecnologia para impulsionar o desenvolvimento da empresa. Por seis meses a partir de agosto, os representantes das marcas financiadas contarão com assessoria adaptada às necessidades de cada empreendimento, informa a prefeitura de São Paulo.

Também terão à disposição, redes de contatos, eventos, conteúdos especiais e recursos de parceiros do programa. Todo esse processo será feito apenas de forma on-line.

O programa de aceleração Vai Tec é gerido pela Ade Sampa, Agência São Paulo de Desenvolvimento vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo.

De forma geral, a seleção priorizou projetos de regiões localizadas nos extremos da cidade, principalmente nas zonas leste (São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista, São Mateus, Guaianases, Cidade Tiradentes, Itaquera, Vila Prudente, Penha e Sapopemba); sul (Parelheiros, Capela do Socorro, M´Boi Mirim, Campo Limpo e Cidade Ademar); e norte (Casa Verde, Cachoeirinha, Freguesia do Ó, Brasilândia, Perus, Pirituba, Jaçanã e Tremembé).

MODA SELECIONADA

Na área de moda, algumas marcas financiadas pelo Vai Tec já conquistaram certa projeção. Mas precisam de impulso financeiro para deslanchar, muitas afetadas pelos efeitos da pandemia de covid-19.

A AZ Marias é uma dessas marcas que já até desfilou na SPFW de 2021, dentro do projeto Sankofa. Faz moda centrada nas mulheres negras e que usa como matéria-prima o resíduo ou descarte de grandes marcas ou de fábricas têxteis. Criada por Cintia Maria Félix.

Idealizada por Leandro de Castro, a Castrum desfilou na edição de 2020 da Brasil Eco Fashion Week. Faz roupas de forma artesanal, experimental, com materiais reaproveitados ou de origem natural, como os casacos de feltro ou de estopas que ganharam as páginas de revista de moda.

A Kuikila Estamparia utiliza duas técnicas de impressão: a serigrafia e a xilogravura, feitas de forma artesanal. A própria marca desenvolve as estampas com temática envolvendo a cultura negra e peças customizadas.

A Omisoró é um e-commerce especializado em moda afro, fazendo vendas por Instagram e WhatsApp, de roupas, turbantes e outros acessórios. Uma das metas é abrir sua primeira loja física. Funcionaria na periferia como um espaço colaborativo. Até evoluir para uma mini-cooperativa da qual participariam mulheres negras e mães solo.

Completam o grupo de modo, duas marcas de acessórios. A RV produz bolsas e acessórios com materiais de reúso, coletados em áreas periféricas da cidade de São Paulo. Os produtos são feitos por costureiras localizadas no Jardim Pantanal, Lauzane Paulista e Vila Nova Cachoerinha, zona norte da capital, explica a Ade Sampa. Acrescentando que “cada peça conta a história sobre o que era, quem a fez e de onde veio”.

A Malungo Art desenvolve bolsas, carteiras, brincos, capas para leitores de PDF, entre outros produtos, reutilizando caixinhas tetra pack (de leite, suco, etc.).