Setor foi o que mais dispensou funcionários em maio entre todas as indústrias do estado, mostra pesquisa da Fiesp.
Entre março e abril as demissões na indústria paulista como um todo perderam a força. Em maio, a dispensa de funcionários com carteira assinada no setor deu novamente um salto, que foi acompanhado pelos fabricantes de produtos têxteis e itens de vestuário. Dos 7.500 dispensados no mês, 1.519 trabalhavam em confecções. Foi o ramo de atividade industrial que mais demitiu, de acordo com a pesquisa mensal, cujos resultados a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) divulgou nessa sexta-feira, 17 de junho.
Também a indústria têxtil elevou o nível dos cortes, eliminando 318 postos de trabalho em maio. Mas, foram as confecções que pressionaram os indicadores negativos registrados pelas três regiões, apontadas como destaques negativos do mês na pesquisa da Fiesp: Araraquara, com queda de 31,75% da força de trabalho no segmento; Bauru (-3,72%); e Araraquara (-2,38%).
A projeção da entidade é a indústria paulista eliminar 165 mil vagas em 2016, contra a perda 235,5 mil vagas em 2015. Para o gerente do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), Guilherme Moreira, o ritmo das demissões pode até perder força no ano, o enxugamento do quadro de pessoal deverá persistir. “O índice de confiança do empresariado tem melhorado, mas transformar isto em contratações leva um bom tempo ainda, porque o emprego é a última variável a reagir. Primeiro retoma a produção, o investimento, e por último será o emprego”, declarou o gerente em comunicado ao mercado sobre os resultados da pesquisa.