Roupas pressionam inflação de moda em abril

Roupas pressionam inflação de moda em abril

Vestuário masculino ultrapassa alta de 1% no mês, e todos os itens da cesta ficaram mais caros.

Roupas pressionam inflação de moda em abril

A inflação oficial brasileira desacelerou em abril para 0,61%, aponta a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que calcula o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Moda ao contrário acelerou para 0,79% sobre março, sendo que roupas pressionam a inflação do mês com alta de 0,93%, devido ao lançamento das coleções de inverno. Mas os demais itens que compõem a cesta – calçados e acessórios, joias e bijuterias, tecidos e armarinho – também ficaram mais caros na passagem para abril.

Roupas masculinas foram as que mais encareceram entre todos os produtos de moda. Subiram 1,06% em abril. As roupas femininas subiram 0,90% e as infantis, 0,74%.

Calçados e acessórios aumentaram 0,52%, joias e bijuterias aceleraram para 0,49%, enquanto tecidos e armarinhos avançaram 0,31%.

ACUMULADO NO ANO

Com a alta dos preços em abril, a inflação de moda fecha os quatro primeiros meses de 2023 acumulando alta em relação ao mesmo período de 2022. Acumula aumento de 0,59% no período, mostra a pesquisa do IBGE. Na mesma comparação, os preços das roupas tenderam à estabilidade, com variação positiva de 0,03%, puxada para baixo pela queda acumulada de 0,83% nos preços das roupas femininas.

Já as roupas masculinas acumularam aumento de 0,87% de janeiro a abril. As roupas infantis subiram 0,42% no período em comparação com os quatro primeiros meses de 2022.

Mas foram os calçados que mais pressionaram com aumento acumulado de 2,16% de janeiro a abril. Joias e bijuterias acumulam alta de 0,14%, enquanto tecidos e armarinhos, de 0,68%.

A inflação de moda ficou abaixo do IPCA geral, que acumula alta de 2,72%.

INFLAÇÃO ACUMULADA NAS CAPITAIS

Nos primeiros quatro meses do ano, o comportamento dos preços de moda e roupas nas 16 capitais que são destaque da pesquisa do IBGE mostram seis capitais registrando alta na inflação de roupas, e dez ainda mostrando variação negativa.

Em moda, apenas três cidades anotam desaceleração da inflação acumulada. Nas outras 13 capitais, os artigos de moda aumulam alta de preços.

Salvador é a cidade que acumula a maior queda na inflação de roupas e moda, enquanto Rio Branco acumula a maior alta entre janeiro e abril.

ACUMULADO DE 12 MESES

Até abril, o acumulado de 12 meses da inflação brasileira em geral avançou para 4,18%.

Moda ultrapassou esse índice com aumento de preços acumulado no período de 12,93%.

A inflação de roupas anota acumulado de 12 meses de 13,49% até abril.

No período, o acumulado dos itens da cesta de moda continuam muito acima da inflação oficial, sem incluir joias e bijuterias.

Roupas masculinas acumulam alta de 15,03%; roupas femininas, de 13,13%; roupas infantis, de 11,42%; calçados e acessórios, de 13,84%; tecidos e armarinhos, de 6,03%. Joias e bijuterias registram aumento de 2,04% em 12 meses até abril.

NAVEGUE PELOS GRÁFICOS

Produzidos pelo GBLjeans, os gráficos mostram a inflação de abril de 2023 em moda e roupas, comparada à inflação oficial brasileira.

A sequência inclui gráfico com a variação acumulada de moda e roupas em 16 capitais entre janeiro e abril.

Também indica a inflação acumulada em 12 meses de moda e roupas até abril de 2023.