Lua investe para ser uma marca nacional

A confecção gaúcha dá o primeiro passo no processo de expansão com a abertura de uma loja no MorumbiShopping

Consolidada na região sul, onde atua há 23 anos, a Lua dá o primeiro passo seguindo o plano para ser reconhecida como marca nacional dedicada a meninas de 12 a 18 anos. Abriu uma franquia no MorumbiShopping e negocia contratos em outras capitais – Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília. O projeto é ter uma rede com oito lojas em dois anos.

Em paralelo à expansão do canal de varejo, a Lua trata de reforçar o volume de produção, hoje, variando entre 3 mil e 4 mil peças por mês. Apenas para a coleção de inverno que está nas lojas, a empresa investiu R$ 200 mil para aumento de capacidade. Cada coleção trabalha com cerca de 150 itens – entre roupas, sapatos, acessórios, perfumes – que se multiplicam em modelos, cores e tamanhos diferentes. O jeans representa 40% dos itens. Já foi mais, mas perdeu espaço para outros produtos, como os vestidos de festa, aponta Alcimir Ritche, um dos sócios da empresa de administração familiar – a mulher e a filha respondem pela área de estilo.

 Ele conta que nestes três anos, a empresa vem preparando o terreno para crescer e fez alguns ajustes. A experiência com a primeira franqueada em Caxias do Sul (RS) ajudou, diz Ritche. Para abrir a loja em São Paulo, a Lua fechou uma das três unidades próprias que mantinha em Porto Alegre. “Estamos nos preparando para voltar a ter mais uma loja em Porto Alegre. Será no Barrashopping Sul, centro comercial que vai inaugurar em agosto de 2008″, informa o executivo, sem saber ainda se a nova loja será própria ou uma franquia. Os produtos Lua são também vendidos por cerca de 20 lojas multimarcas de outros estados.

A Lua começou em 1983 como confecção infantil, vendendo para butiques de Porto Alegre. O Plano Collor alterou o cenário econômico e a empresa promoveu mudanças. A partir de 1994, passou a vender diretamente ao varejo e investiu no público adolescente – meninas de 12 a 18 anos. Ele credita os bons resultados à especialização. “Nossa força é o target diferenciado, além de roupas bacanas e lojas bonitas”, diz. Para o mercado paulistano, ele destaca os preços competitivos praticados.