Inbrands volta a operar com prejuízo

Inbrands volta a operar com prejuízo

Já a receita da holding que controla marcas como Ellus e Richards cresceu 25% em 2022.

Inbrands volta a operar com prejuízo

Em 2022, quando a principal marca da holding, a Ellus, completou 50 anos comemorados em desfile especial em novembro, a Inbrands volta a operar com prejuízo. A perda líquida anual foi de R$9,9 milhões, conforme o balanço financeiro divulgado pela empresa, que tem capital aberto, negociado na bolsa de São Paulo. De seu lado, a receita líquida cresceu 25% em relação a 2021, totalizando R$530,3 milhões em 2022.

Ainda que a companhia volta a operar com prejuízo, a Inbrands viu os resultados melhorarem no quarto trimestre. Nos últimos três meses do ano, a companhia anotou lucro líquido de R$10 milhões, insuficiente para reverter o prejuízo acumulado de três trimestres seguidos. A receita líquida de outubro a dezembro cresceu em ritmo menos intenso que no ano. Subiu 12,5% sobre o quarto trimestre de 2021 para alcançar R$157,2 milhões.

No relatório de resultados, a Inbrands atribui as dificuldades a problemas com a cadeia de fornecimento que resultaram em atrasos na entrega de produtos para o canal de atacado e para as lojas de varejo das marcas.

A Inbrands detém as marcas Ellus, Richards, Salinas, Bobstore, VR e AH, além da joint ventures com a Tommy Hilfiger para operar no Brasil. Consolidando a receita bruta da holding com a da Tommy Brasil, a receita bruta da companhia atinge R$975,6 milhões, destaca o relatório. Também controla a Luminosidade, empresa responsável pela organização da SPFW.

Na prestação de contas ao mercado, a Inbrands não informa o tamanho da rede de lojas que administra, nem o investimento realizado.

REPACTUAÇÃO DA DÍVIDA

O informe aos investidores explica que a empresa concluiu em junho de 2022 “a repactuação de suas debêntures, com alteração nos prazos de vencimento, redução da taxa de juros e alteração nas medições de índices financeiros”. E acrescentou: “Além das debêntures, a Companhia pretende buscar postergar ou refinanciar dívidas residuais com vencimentos em 2023 e continuará discutindo com os bancos parceiros a obtenção de novas linhas de crédito quando necessário para dar suporte à operação”.

foto: look do desfile de 50 anos