Com inverno ameno, o estoque cresceu exigindo mais ações de remarcação de preços.
Na avaliação da Riachuelo, o terceiro trimestre foi “forte em vendas” e não só porque aumenta a remarcação devido à alta de estoque. Sem o frio na intensidade que se esperava, a varejista fez promoções que ajudaram a reduzir o volume estocado e foi bem sucedida, garante. A analistas de mercado, a companhia informou que reduziu o estoque em seis dias, gerando caixa e capital de giro.
Mas a liquidação de inverno afetou a margem. Os resultados também foram prejudicados pela entrada em operação do novo ERP na fábrica, cuja operação só foi normalizada no início de outubro, esclarece a companhia.
No terceiro trimestre, a varejista registra prejuízo líquido de R$79,7 milhões. De modo que a perda líquida da Riachuelo em 2023 aumenta para R$264 milhões.
Entre julho e setembro, a receita líquida cresce 6,1% em relação ao terceiro trimestre de 2022, contabilizando R$2 bilhões. A alta é alavancada pela venda de vestuário que sobe 13,4% no trimestre. Em 9 meses, a empresa anota receita líquida de R$6 bilhões, 3,4% acima do obtido no mesmo período do ano passado.
LOJAS E CORTE DE INVESTIMENTOS
Atualmente, a Riachuelo tem 410 lojas, seis a mais do que em junho. Do total, a rede Riachuelo opera com 332 lojas, uma a menos que em junho. A rede da Carter’s é a que mais cresceu. Encerrou setembro com 61 unidades, cinco a mais que em junho. Desde setembro de 2022, a Casa Riachuelo mantém 12 pontos de venda em operação. Já a Fanlab abriu mais duas operações, entrando o quarto trimestre com cinco operações.
Conforme disse André Farber aos analistas de mercado em teleconferência, os investimentos já realizados pela companhia podem ainda ser melhor explorados. “O Capex será menor e isso ajuda na geração de caixa”, explicou o executivo.
De julho a setembro, a Riachuelo investe R$81,1 milhões, contra R$162 milhões no terceiro trimestre de 2022.
Em nove meses de 2023, o investimento atinge R$281,8 milhões, ante R$446 milhões no mesmo período de 2022.
