O empreendimento está sendo erguido em Campina Grande, com previsão de a primeira etapa ser inaugurada até dezembro de 2022.
Como forma de incentivar o comércio no estado, a Paraíba terá um centro atacadista de moda. Será o primeiro do estado e pretende conquistar os lojistas compradores que hoje se abastecem no comércio da região de
Toritama, Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco. Para isso, o Polo da Moda está sendo erguido em Campina Grande, às margens da rodovia BR-104, que liga o Rio Grande do Norte a Alagoas. Também está no entrocamento com a BR-230, que faz a ligação com o Ceará.O endereço do shopping que terá operações de atacado e varejo ainda está próximo do aeroporto de Campina Grande, João Suassuna, e a cinco minutos da rodoviária da cidade, destaca Patrícia Alves, gestora de marketing do empreendimento. O lançamento oficial do Polo da Moda de Campina Grande foi realizado a semana passada. Anunciado em 2018, o centro comercial está em obras. A liberação será em duas etapas, conta a executiva.
A primeira até dezembro de 2022. Pelo projeto inicial, o complexo terá três pavimentos comerciais. No primeiro, serão boxes a partir de 2,40 metros cada um, para atender empresas menores. O segundo piso está reservado à área de lojas maiores e o terceiro andar dedicado a acessórios, joias e semijoias. Na primeira fase, o estacionamento terá 4 mil vagas.
O projeto prevê, 1,2 mil lojas em operação, além de praça de alimentação e outros serviços. Terá um pavilhão interligado para realização de shows, rodadas de negócios, desfiles e auditório.
INCENTIVOS FISCAIS PARA PRODUTORES E COMÉRCIO DA PARAÍBA
O complexo está sendo erguido em área de 30 mil metros quadrados com investimento da JJ Empreendimentos Imobiliários. A empresa não informa o valor a ser investido até a conclusão. O prazo da segunda etapa não foi definido.
Conforme Patrícia, até o momento foram negociados 47% dos espaços, a maioria deles para empresas de calçados. A Paraíba é um importante polo calçadista brasileiro, assim como de beneficiamento de gemas.
Na área têxtil, o estado conta com pequenas facções de roupas de ginástica e lingerie que trabalham sobretudo para atender marcas do polo do Agreste Pernambucano. “Produzem na Paraíba, mas vendem para outros estados”, diz a gestora. O Polo da Moda de Campina Grande teria o objetivo de incentivar o comércio local de moda, atraindo compradores de outros estados para a região.
Para estimular o fomento do segmento de confecções no estado, o governo assinou protocolo de intenção com o Sebrae da Paraíba, prevendo a concessão de benefícios fiscais para a indústria e para o comércio. O termo foi assinado um dia antes do lançamento oficial do Polo da Moda de Campina Grande.
Pelo protocolo de intenção assinado, de forma geral, desde que não usufruam de outros benefícios, as confecções teriam a carga tributária reduzida para 2%. Para o varejo que comercializar peças produzidas no estado, a previsão seria de carga tributária de 3%. As novas regras passariam a valer a partir de 2021, porém, não para todo o estado.
As concessões estão restritas a 54 municípios, incluindo Campina Grande.
