Pedido foi encaminhado à Justiça de São Paulo na sexta-feira a fim de dar fôlego à empresa para reestruturar as dívidas.
Citando o abalo nas vendas provocado pela pandemia de covid-19, a TNG recorre à recuperação judicial. O pedido foi encaminhado à Justiça de São Paulo no final da sexta-feira, 21 de maio. “Com a recuperação judicial, será possível reestruturar o cenário econômico-financeiro da rede, e negociar com credores as dívidas existentes”, escreveu em página nas redes sociais, o escritório Moraes Jr Advogados, responsável pelo processo.
O noticiário econômico do fim de semana cita dívida em torno de R$250 milhões. A maior parte dela com bancos e shopping centers. Parcela menor corresponde a compromissos com fornecedores. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Tito Bessa Jr., fundador da TNG, disse que o período de lojas físicas fechadas para atender as medidas para conter o avanço de contágio por covid-19 afetou as finanças.
Explicou que a companhia tomou uma série de medidas de enfrentamento como encerrar lojas sem poder de reação rápida. O corte foi profundo: 70 lojas fechadas desde março do ano passado e demissão de praticamente metade dos 1,3 mil funcionários. Ao jornal Folha de S.Paulo, Bessa Jr. disse que manteve 570 funcionários.
PROTEÇÃO PARA RECUPERAÇÃO
Na mesma entrevista, em formato pingue-pongue, o empresário que também preside a Ablos (Associação Brasileira de Lojistas Satélites) avaliou que o Brasil poderia ter lidado de outra forma com a pandemia de modo a evitar a situação atual da empresa. Respondeu à Folha de S.Paulo: “Talvez, se a gente tivesse feito o tão falado lockdown lá atrás durante um período menor, não teríamos sofrido tanto. O abre e fecha prejudicou a saúde e a economia”.
A TNG recorre à recuperação judicial duas semanas depois de pedido semelhante solicitado pela Cavalera.
Caso a Justiça aceite o pedido, a TNG terá 60 dias para apresentar seu plano de recuperação.
