No 3º trimestre, varejista reduz prejuízo e tem receita líquida em alta de 55%.
Ao abrir a teleconferência de resultados da Marisa Lojas, o CEO Edson Garcia afirmou que a reestruturação a que deu início há seis meses, quando assumiu o cargo, promoveu mudanças que emitem sinais positivos no 3º trimestre de 2024. Ele acrescentou que se mantém otimista para o futuro. “Colocamos o trem no trilho”, respondeu a uma analista de mercado que perguntou se seria possível dizer “que o pior já passou”.
Garcia explicou que o aumento no volume de vendas registrado no 3º trimestre demonstra que a estratégia adotada funcionou. As mudanças da Marisa passaram por um novo posicionamento comercial, que retornou à origem da companhia de atendimento voltado à classe C. A decisão implicou em mudanças na construção das coleções, novo modelo de precificação que resultou em queda de 16% do ticket médio, valor mais alinhado com o perfil do público atendido.
Sob esse novo modelo, a receita líquida registra R$349,8 milhões, alta de 55% em relação ao 3º trimestre de 2023. O volume de vendas aumentou 63% no período, movimentando 10,5 milhões de peças.
Com melhores fundamentos, a varejista reduziu o prejuízo líquido. Assinalou perda de R$71,2 milhões, no 3º trimestre de 2024, contra R$197 milhões no mesmo trimestre do ano passado.
RECOMPOSIÇÃO DE ESTOQUE
A reação passou pela recomposição dos estoques que estavam muito baixos, conta Garcia. Retomou o trabalho com a cadeia de fornecedores antiga e contratou novos parceiros industriais. Para isso, destaca o executivo, foi fundamental o aporte de capital de R$623 milhões, realizado pelos acionistas de referência da companhia em julho.
Com essa capitalização, foi possível também manter a dívida líquida no patamar de R$83 milhões.
Garcia enfatizou que o crescimento daqui para frente envolve maior participação na receita das linhas de moda infantil e masculina. Não há perspectiva de fechamento de mais lojas. A Marisa continua a operar com as mesmas 235 lojas do início do ano. “A prioridade é melhorar a rentabilidade das lojas”, afirmou.
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