Com as coleções de inverno em grande parte produzida ou parada nas oficinas, a associação de estilistas defende novo calendário.
A paradeira geral da indústria da moda provocada pela covid-19 levou a Abest (Associação Brasileira de Estilistas) a defender um novo calendário. Com muitas das coleções de inverno produzidas ou paradas nas oficinas, a entidade propõe que as vendas de verão para o atacado deveriam se concentrar entre a segunda quinzena de junho até 10 de julho. Acredita que, dessa forma, as marcas teriam fôlego comercial para trabalhar o inverno no varejo enquanto vendem o verão no atacado. A liquidação da estação fria ficaria para agosto.
A recomendação foi feita no final de abril, quando a expectativa era de flexibilização para o comércio de moda em São Paulo a partir de 11 de maio. A reabertura foi, entretanto, freada pelo governo do estado em resposta ao aumento da curva de contágio. E estendida até 31 de maio. Especialistas julgam que a data proposta representaria pouco tempo inclusive para retomar as vendas do inverno para o atacado, quanto mais cuidar do verão.
NOVAS DATAS PARA 2021
A Abest também defende um calendário que adia em um mês as datas trabalhadas atualmente. A partir do próximo ano, o lançamento de inverno para o atacado seria realizado em novembro e o de verão, em maio. Os períodos de liquidação seriam adiados, então, para agosto (inverno) e fevereiro (verão).
A recomendação foi divulgada forma de carta aberta. Conta com apoio da SPFW e de salões de negócios menores – Conceito +; Contemporâneo Business; Fashionroom; Maria Eugênia Showroom; Novo Showroom; Salão Casamoda; e Feira TM. Cinco entidades setoriais também declararam apoio à iniciativa: Abit; Sindivestuário; IBGM (gemas e metais preciosos); Abrecal (representantes comerciais de couro e calçados); Abepem (estudos e pesquisas de moda).
NOVO PRESIDENTE
Pelos próximos três anos, a Abest será presidida por Alberto Hiar, da Cavalera. Ele terá como vice Paulo Lourenço Bartholomei, da Cecília Prado e presidente na gestão anterior. Atualmente, a entidade representa 120 marcas nacionais.
