15 dicas para iluminar a vitrine

Melhor sistema combina facho branco com pontos focais em luz amarela, como nos museus e galerias de arte

A iluminação é um item muito importante para a montagem de uma vitrine. Além de chamar a atenção do consumidor, a luz na posição correta consegue destacar tecidos e cores. Segundo a designer de interiores especialista em vitrines, Silmara Carreiro, e o professor de Visual Merchandising e Vitrinismo da escola Sigbol Fashion, Daniel Fonseca, o melhor tipo de iluminação para as vitrines é a focal, com o facho de luz dirigido ao objeto que se queira destacar. Iluminação bem feita pressupõe estudos técnicos, que nem sempre o arquiteto ou o vitrinista estão preparados para executar. Mas, algumas regras são básicas e podem ajudar no planejamento e nas escolhas, por isso, reunimos 15 dicas para ajudar a iluminar sua vitrine corretamente.


Uma boa opção na hora de montar a vitrine é utilizar a iluminação do tipo da empregada em museus e galerias de arte. Ao sistema de iluminação principal é acoplado um esquema triangular posicionado diretamente para a roupa a ser destacada, com feixe de luz vindo de cima, pelo fundo e frontal ou lateral. Geralmente, a opção recai por usar lâmpadas de tom amarelado. Por razões de custo, a maioria das lojas acaba adotando a instalação de spots no teto.


Ao iluminar um objeto como nos museus, a preferência recai pelo uso de spots ou outro tipo de suporte móvel. A distância recomendada entre o spot e o objeto deve variar entre 50 e 70 centímetros. Quanto mais afastado o spot estiver do objeto, maior será a área iluminada, o que pode deslocar a atenção para outro ponto.


Quando forem usados materiais decorativos na vitrine, a iluminação não pode ser direcionada para qualquer um desses objetos. A luz só pode incidir sobre aquilo que está à venda.


A luz branca em excesso está condicionada ao perfil de loja popular, assim como a penumbra remeteria ao luxo. Os especialistas não recomendam usar apenas lâmpadas frias, pois, elas despertam, sendo associadas à pressa, afugentando os clientes. Também iluminam de maneira uniforme sem permitir nuances.


As luzes nos tons mais amarelados , ao contrário, passam a sensação de calma e aconchego ao cliente, mas, em excesso, podem causar preguiça – até de comprar. O desafio será encontrar o nível adequado que permita ao consumidor enxergar e examinar os produtos, inclusive as etiquetas. Faça o teste com alguém de mais de 40 anos e sem os óculos.


O ideal é combinar lâmpadas frias e quentes, criando contrastes, de luz e sombras, permitindo criar atmosferas. Por exemplo, se a loja tiver a vitrine e o espaço interno muito grandes, a iluminação geral pode ser branca, porém, os pontos focais precisam estar sob luz amarela.


Iluminação colorida e uso de neon estão na moda. Podem deixar a vitrine movimentada e divertida. Tudo vai depender do perfil da loja. Se for de moda jovem, será bem aceita. Mesmo nesse caso, a recomendação é direcionar a cor para um objeto e não distribuir por toda a área.


Uma das tendências internacionais são os vídeos instalados nas vitrines, de maneira a propiciar sensação de interatividade. A recomendação é colocar o equipamento sempre em uma das laterais, preferencialmente, à direita.


Caso a loja seja na rua e a vitrine exposta ao sol, não há sistema de iluminação que dê jeito. As peças sofrerão os efeitos dos raios solares, como desbotamento e amarelamento. O jeito é trocar as peças dos manequins com frequência.

Para evitar reflexo: a luz no interior da vitrine deve ser mais forte que a do exterior. A recomendação vale para lojas de rua e de shopping center. Acabamento fosco também ajuda.


Se puder, opte pela lâmpada CDMR, cujo efeito lembra a luz natural, sem ofuscamento. Por ser um conjunto integrado de lâmpada, refletor e lente, facilita a iluminação de destaque. Cada conjunto é vendido por cerca de R$ 140,00, no varejo.


Luminárias LED são duráveis, consomem menos energia, não estragam os tecidos, mas não são muito fiéis no que se refere a cores, embora a indústria esteja tentando avanços nesse sentido. Também não são baratas quando comparadas às lâmpadas tradicionais. Uma luminária pode ser encontrada no varejo em torno de R$ 80,00.


Lâmpadas incandescentes ou halógenas são as mais comuns, de brilho intenso, pouca durabilidade e relativamente baratas (em média, R$ 20,00 cada uma, no varejo). O calor intenso que emanam acaba por provocar danos ao tecido das roupas, efeito que pode ser amenizado aumentando a distância entre a fonte de luz e as peças.


Deixe o teto da sua vitrine para fixar lâmpadas e ganchos de suporte. Porém, a melhor opção para a iluminação é o suporte móvel. Com esse sistema, é possível mudar a vitrine rapidamente e sem muitas interferências. Seja qual for a opção, fios jamais podem ficar à mostra.


Sem dinheiro para comprar sistemas mais modernos ou sofisticados de iluminação? Não é desculpa para largar lâmpadas e luminárias imundas. Limpeza regular é outra recomendação básica.

*colaborou Flávia Toledo