HQZ adota modelo cooperado de negócio

Fabricante de uniformes de Americana (SP) trabalha com outros empreendedores de forma complementar a fim de dividir custos.

Nascida há oito anos a partir de uma incubadora em Americana, no interior de São Paulo, a HQZ Uniformes inovou no modelo de negócio para crescer em um segmento bastante competitivo. “Fazemos parte de um grupo que reúne diferentes áreas que trabalham de forma cooperada, com gestão compartilhada, dividindo custos”, explica a gestora do projeto e diretora da HQZ, Cláudia Araújo Motta.

A empresa desenvolveu várias soluções para se diferenciar no mercado de uniformização. “Queríamos ir além da criação de produtos, inovando na forma da empresa operar”, afirma. A HQZ funciona em uma estrutura de cluster, onde outras empresas complementam sua atividade principal, em forma de co-working, compartilhando soluções e diminuindo custos.

Entre os parceiros da HQZ está a Audaces para a automação dos moldes e ficha técnica dos produtos por meio de um sistema colaborativo. A LogHelp foi responsável pelo desenvolvimento do sistema de gerenciamento de estoques e de logística, e a OS3 entrou com o sistema de gestão por indicadores que pode ser acessado via celular. A Contemais foi responsável pela implantação da contabilidade e certificação digital. “Essa estrutura é compartilhada entre os participantes do cluster e está aberta a outras pequenas empresas que queiram entrar nessa forma de trabalho”, explica Cláudia. Os custos são divididos entre os parceiros, não encarecendo o preço final dos produtos. “Esses sistemas só seriam viáveis em grandes empresas, mas, com o compartilhamento de custos, essa tecnologia chega aos pequenos, viabilizando economicamente o negócio”, completa.

O objetivo da HQZ é levar o conceito de moda para o mercado de uniformização, no qual existe pouca criatividade, segundo a executiva. A empresa produz 2 mil peças por mês, sendo 50% em sarja e denim para uma carteira de 400 clientes cadastrados. Para ampliar o alcance dos produtos que chegam a Rio Grande do Sul, Bahia e São Paulo, busca profissionais de vendas para outros estados, e vende por meio de comércio eletrônico. “Somos reconhecidos por trabalhar com produtos que seguem as normas da ABNT com o desenvolvimento e padronização de tamanhos e medidas”, diz Claudia.

No ano passado, as vendas cresceram 60% comparadas a 2014, e neste ano a previsão é aumentar 40%. “Apostamos na união de empresas e na cooperação de negócios de diferentes segmentos para alcançar outros mercados”, afirma Cláudia.