Lavelove investe em ações de responsabilidade corporativa

Lavanderia catarinense de localização polêmica beneficia 600 mil peças por mês

 

Localizada na bela Praia Brava, na cidade de Itajaí, a lavanderia Lavelove é uma das pioneiras em Santa Catarina. Em função do endereço nobre, a beneficiadora de denim e malha é questão polêmica na região. O problema a empresa contorna dando grande atenção a questões ambientais e sociais. Durante 15 anos, dos 26 de vida, a lavanderia industrial e doméstica coexistiram.

“As duas precisavam ser ampliadas, optamos por investir em um segmento”, relata Rogério David Russi, proprietário da Lavelove Têxtil, que cuida do desenvolvimento de produtos e da área comercial. A empresa contrata os serviços de produção da Lavelove Beneficiadora, da filha de Rogério. “Decidimos fazer assim para direcionar melhor o foco”, conta Russi. Além da lavanderia, a família também tem uma confecção de peças em jeans que presta serviço em esquema de private label (PL).

Entre seus clientes estão Hering e Marisol. As entregas da Lavelove são feitas por dez caminhões para confecções nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. A fábrica chega a processar 600 mil peças por mês. O alto número é justificado porque, além do denim, malhas e felpudos (como toalhas e roupões) são beneficiados. “No segundo semestre, o denim deve representar 50% dessa quantidade”, afirma o proprietário.

Estratégia – Para Russi, a conquista dos clientes aconteceu porque a qualidade sempre foi o diferencial da Lavelove. Nove pessoas cuidam da equipe de desenvolvimento de produto, que com muita pesquisa apresentam os resultados em um showroom aberto há sete anos.

Contudo, para trilhar o caminho do sucesso a indústria esbarrou no receio da comunidade da Praia Brava de impacto ambiental, situação que contornou com investimento em um eficiente tratamento de efluentes. Além de inúmeras outras iniciativas, como a promoção de atividades de educação ambiental para escolas da região e ações relacionadas à reciclagem do lixo. A empresa também promove cursos de capacitação profissional em parceria com o SENAI de Balneário Camboriú.

O espaço ocupado pela empresa saltou de 800 para 6,2 mil metros quadrados nos últimos 15 anos. Em 2006, no entanto, a empresa não investiu no aumento de produção ou de espaço. “Foi um ano ruim para crescer. Os clientes estão cautelosos”, afirma Russi, que prefere aguardar antes de alçar novos vôos para a Lavelove.