Com esse desempenho, varejista de moda encerra o ano com ganho, ainda que pequeno.
Diante do cenário macroeconômico difícil, a C&A adotou um programa de proteção ao caixa a partir do terceiro trimestre de 2022, entre outra medidas, e funcionou. A varejista de moda saiu do vermelho, encerrando o ano com ganho líquido de R$800 mil. O desempenho ganhou impulso no quarto trimestre, quando o lucro líquido da C&A acelera para R$212,9 milhões.
Entre outubro e dezembro, a receita líquida avançou pouco na comparação com igual período de 2021. Subiu 4,7% ao registrar R$1,94 bilhão.
No ano, a receita líquida da C&A cresce 20% e atinge R$6,18 bilhões.
Para 2023, a varejista disse a investidores em teleconferência de resultados que manterá o foco nos fundamentos de proteção ao caixa, otimização de investimentos na abertura de lojas e disciplina financeira na gestão de despesas e capital de giro.
Encerrou 2022 com 332 lojas, 13 a mais que em 2021, sendo que abriu 17 unidades e fechou quatro. A expectativa de 2023 é inaugurar de cinco a dez lojas.
A companhia prevê que o segundo semestre de 2023 deverá ser melhor. Na avaliação da varejista, o primeiro trimestre foi afetado pela queda no fluxo de clientes nas lojas físicas por conta do Carnaval em fevereiro. Paira ainda a incerteza sobre o comportamento do clima ao longo do segundo trimestre e em que medida poderá afetar as vendas.
C&A ACELERA LUCRO E VENDAS DIGITAIS
Além do lucro da C&A que acelerou no quarto trimestre, outro indicador comemorado pela varejista foi o recorde batido nas vendas digitais. Anotou R$1,17 bilhão em valor bruto no ano, crescimento de 30% sobre 2021.
Só no quarto trimestre, as vendas digitais somaram R$396,7 milhões, que corresponderam a aumento de 54,7% quando comparadas ao último trimestre de 2021.
O investimento no ano foi mais contido. Somou R$373,4 milhões ao longo de 2022, sendo R$110,8 milhões aplicados entre outubro e dezembro.
foto: campanha de lançamento da collab da C&A com a marca espanhola Chupa Chups (divulgação)
