A internacionalização mais forte começou pelo México e, no mercado nacional, faz lançamentos para o jeans.
Com 26 anos de mercado, a Censi Máquinas entra em 2024 em novo ciclo de expansão em duas frentes. Internacionalização é uma delas. A empresa que já vende pontualmente para 14 países agora desenhou um canal de vendas ao exterior tendo por alvo México, Estados Unidos e Peru. No mercado nacional, o plano é ampliar o parque instalado no segmento do jeans, lançando durante a Febratex 2024 a Cardpress, máquina automática de aplicação de cartelas de identificação.
Pelo canal de vendas internacional, a Censi Máquinas entra no México através da parceria com uma revenda local. Por lá, o interesse maior são as máquinas automáticas de etiquetagem e cartelas de identificação, além das máquina para corte de viés, conta Sheila Censi Braun, diretora de mercado da empresa e filha de um dos fundadores. Na primeira venda de atacado, em setembro será despachado um conteiner com 15 dessas máquinas, explica. A mesma revenda tem atuação nos Estados Unidos, o que pode facilitar a expansão da Censi para o mercado americano.
A executiva avalia que a exportação possa vir a representar em dois anos 30% da receita que, por enquanto, não ultrapassa a R$10 milhões por ano. De acordo com Sheila, mais que receita, a exportação funciona como aprimoramento de reputação. A parceria com a revenda mexicana teve os primeiros contatos em uma edições da Colombiatex da qual a Censi participou. Conforme a executiva, essa revenda trabalha com outras marcas brasileiras.
Ela afirma que a Censi não concorre com preço. “Não é preço baixo. É sempre com muito valor e procurando fazer do melhor jeito, com máquinas o mais resistente possível, as mais eficientes, mais bonitas ou mais simples para o usuário operar”, comenta.
LINHA DE MÁQUINAS
Atualmente, na linha de identificação, são 9 máquinas que substituem a pistola de aplicação. Para a outra linha, a Censi fabrica, dois modelos de máquinas para corte de viés; dois de fusionadeira; uma aplicadora de pré-tratamento DTG (impressão digital); três de refiladora; e um modelo de refiladora com função de desbobinadora. Todas em exposição durante a Febratex 2024.
A empresa emprega 18 funcionários. Dentro de casa, ficam as etapas de desenvolvimento, engenharia, montagem, venda e assistência técnica. Uma rede parceiros industriais fornece chaparia, pintura e outras etapas de produção, explica Sheila.
Ela conta que a Censi ouve atentamente os clientes e que em função disso tem conseguido ampliar os segmentos em que atua. A perfiladora de TNT hoje é empregada em clínicas médicas, em um fabricante que faz forro de assento de automóvel e para refilar pappel de parede, cita como exemplo.
O parque instalado da Censi é grande em Santa Catarina, sede da empresa. Mas tem clientes em outros estados, como Rio Grande do Norte, onde só a Guararpes (confecção da Riachuelo) tem instaladas 47 máquinas Tagpress, para etiquetar roupas.
LANÇAMENTO PARA O JEANS
Interessada em ampliar presença no mercado de jeans, a Censi lança a Cardpress, que faz a aplicação de cartelas de identificação, do tipo ‘caixa de fósforo’, geralmente fixada no cós. A máquina tem capacidade para aplicar a identificação em até mil peças por hora. Hoje, a maioria das confecções de jeans usa pistola de aplicação, comenta Sheila.
Outra máquina que entra para a linha da Censi é a Ringpress, que aplica a cartela de identificação pendurada em anel de plástico. No caso do jeans, é fixada no passante. Mas tem outras aplicações para par de chinelos ou calçados, bolsas, ferramentas e até alimentos, como embutidos.
foto: divulgação
