Todos os itens que compõem a cesta, de roupas a calçados, reduziram preços no mês.
Depois de acelerar em janeiro, a inflação de moda recua em fevereiro. Na passagem de um mês para o outro, ficaram mais baratos todos os itens que compõem a cesta monitorada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para medir o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Com variação negativa de 0,44%, a cesta de moda, junto com artigos de casa (-0,07%) são as duas únicas atividades que reduziram os reajustes dos preços de varejo em fevereiro em relação a janeiro.
No caso de roupas, calçados e acessórios, joias e bijuterias, tecidos e armarinhos, a queda nos preços está associada ao período de liquidação que começa, geralmente, em janeiro e termina em fevereiro para a troca de vitrines de modo a abrir espaço para as coleções de meia estação. Não foi assim neste início de ano. Apenas roupas apresentaram uma pequena baixa de 0,11% em janeiro. Os demais produtos encareceram no mês.
Assim, em fevereiro, a baixa de preços foi disseminada. Roupas caem 0,56%, com queda de 0,53% em roupas masculinas; recuo de 0,63% em roupas femininas; e menos 0,44% em roupas infantis.
Calçados e acessórios registram redução de preços de 0,14% em fevereiro. Joias e bijuterias caem 0,55%. Tecidos e armarinhos vendidos no varejo apresentam baixa de preços de 0,36%.
De modo geral, a inflação oficial brasileira se mantém em alta em fevereiro, avançando 0,83%.
MODA ACUMULA DEFLAÇÃO
Diante do forte recuo de fevereiro, a inflação acumulada de moda entre janeiro e fevereiro recua 0,31% na comparação com os dois primeiros meses de 2023. Somente calçados e acessórios registram inflação maior, acumulando alta de 0,60% nesses dois meses.
Conforme a pesquisa do IBGE, o acumulado de janeiro e fevereiro aponta para deflação em roupas. Os preços de roupas estão 0,67% menores que o período entre janeiro e fevereiro de 2023. Houve recuo nas roupas de todos os segmentos de público: masculinas (-0,21%); femininas (-1,20%); e infantis (-0,35%).
Preços de joias e bijuterias ficam em patamar estável, com discreta queda de 0,03%. Tecidos e armarinhos anotam deflação de 0,56%.
A queda de preços de moda e roupas espalhou-se pelas capitais que são destaques da pesquisa do IBGE. Tão somente cinco das 16 cidades monitoradas registram inflação.
Já a inflação oficial brasileira acumula avanço de preços de 1,25%, mostra a pesquisa do IBGE.
NAVEGUE PELOS GRÁFICOS
Produzidos pelo GBLjeans, os gráficos mostram a inflação de fevereiro de 2024 para todos os segmentos de moda, comparados à inflação oficial brasileira.
Em seguida, dá para acompanhar a variação acumulada nos 2 primeiros meses do ano.
