Atividade industrial segue em baixa no país

Apesar da melhora pontual em faturamento e uso da capacidade instalada, os demais indicadores continuaram negativos em fevereiro.

A atividade industrial brasileira continua a desacelerar em 2016. Fevereiro aponta para pequena melhora em faturamento real das empresas do setor, com alta de 1,6% sobre janeiro e em capacidade instalada, com aumento de 0,5%. Os demais indicadores industriais registraram queda no mês, de acordo com as estatísticas divulgadas pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias).

Na comparação com janeiro, excluídos os ajustes sazonais, o nível de emprego contraiu 0,4%; horas trabalhadas na produção recuou -1,2%; massa salarial real teve queda de 1,1%; e o rendimento médio real do trabalhador caiu 0,3%. Em faturamento real é o segundo mês em alta. “Contudo, o faturamento do primeiro bimestre de 2016 é 12,3% menor que o observado no mesmo período de 2015”, apontam os dados da CNI.

Quando confrontados com fevereiro de 2015, os indicadores de fevereiro de 2016 pioram: faturamento real (-9,9%); horas trabalhadas de produção (-8,9%); nível de uso da capacidade instalada (-1,9%); nível de emprego (-9,4%); massa salarial real (-11,5%); e rendimento médio real (-0,3%). Sob essa a comparação entre os mesmos meses, os setores têxtil e de confecção de vestuário apenas apresentam indicadores positivos para o rendimento médio real que aumentou 5,7% e 0,2%, respectivamente. Os outros indicadores enfraqueceram, veja abaixo os dados da CNI para os dois setores.

DADOS DE SÃO PAULO
A pesquisa de conjuntura divulgada ontem, 31 de março, pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) revela uma pequena queda em capacidade instalada pelo segmento de produtos têxteis, que caiu de 78,86 em uso em janeiro, para 78,75, em fevereiro, sem considerar os efeitos sazonais. De modo geral, a indústria paulista aumentou o ritmo de produção de 72,3 para 73,1 em fevereiro. Veja abaixo outros indicadores da indústria paulista de produtos têxteis, que fazem parte do levantamento para monitorar o INA (Indicador de Nível de Atividade):