Mercado chinês crescerá 7% ao ano até 2016.

Novo estudo mostra que o segmento de roupas do país reduziu taxa de expansão, mas, continua enorme, e que roupas masculinas respondem por quase metade das vendas.

Novo estudo sobre o mercado de roupas chinês mostra que, mesmo com a desaceleração das vendas, o país manterá taxa de expansão de 7% ao ano. Confirmada a projeção, o mercado movimentará a impressionante cifra de US$ 1,8 trilhão em 2016, de acordo com o China Apparel Industry Report, que analisa a evolução do segmento no período de 2013-2016. Em 2012, o mercado foi avaliado em US$ 1,4 trilhão, representando crescimento de 7,8% sobre 2011, quando o salto foi de 11%.

De acordo com o estudo, ao longo de 2013, as empresas continuaram a reduzir estoques e diminuir o ritmo da produção, estratégia colocada em prática desde o ano passado. Em 2012, a produção chinesa de vestuário alcançou 26,72 bilhões de peças, que representou aumento de 6,2%, abaixo da taxa de 8,14% de 2011. No primeiro trimestre de 2013, a desaceleração foi mantida. O estudo informa que de janeiro a março foram produzidos 5,75 bilhões de peças, crescimento de apenas 1,06% sobre igual período do ano anterior, que teve alta de 6,89%.

Outro dado interessante, para nós, brasileiros, tem a ver com o perfil da produção chinesa. O relatório afirma que o segmento de roupas masculinas é o que mais cresce na China. A participação sobre a capacidade total instalada subiu de 36,6%, em 2003, para 47%, em 2012. E a tendência é de manter o ritmo, impulsionado pela ascensão da classe média, para atingir US$ 669,6 bilhões, em 2016.

O mercado de roupas femininas terá desafios a enfrentar até 2016, exigindo das empresas profissionalização, com investimentos em marca e escala de produção, com impactos sobre a operação de varejo, analisa o relatório. Embora pequeno, o segmento infantil tende a aumentar com o fim da política do filho único que, avaliam os especialistas, será seguido por um baby boom, acrescentam os analistas.